
Por isso sento e observo
Observo a raça humana
No meio da cidade, mesmo quando vejo
O chão ruir e o céu desmoronar
Eu vejo
O que lente nenhuma jamais verá
Eu posso conhecer tua intenção pelo teu caminhar
Não vale inventar
Pois vejo o que lente nenhuma jamais verá
Em minhas obras você descobrirá como é
Ter um arquivo e não ter como ler
Pois sou antiquado
E eu, gravo minhas anotações num disquete
Dentro de minha mente
Posso garantir
Mas não posso contar quem sou
Sou mestre na disciplina ser humano
Pois observo
E quando tenho um pão você terá também
Quando tenho um colchonete, você dormirá bem
Sou diferente,
Mas não sou louco
Já fiz psicólogos chorarem
Apenas observo e aprendo com o homem
Pois minha vivência,
Isso ninguém leva!
E não me diga como me portar
Pois isso estará sendo gravado no disquete dentro de minha mente
Espero que você ainda possa ler
Esse arquivo criptografado
E quando chorar lembre que você também tem a mente assim
Você me surpreende
Você descobre as coisas tão rápido
Libere tua mente
E mostre o que pensa
Eu sei que é difícil
Mas partilhe comigo seus pensamentos
Assim como divido minha vivência e o meu pão
Você também tem o dom
Mas se quiser me encontrar
Conversar
Pode ser difícil
Pois escolhi viver em outra realidade
Observando
Me julgam por isso
Mas nada posso fazer
Só posso é temer pelo futuro deles
Pois aqui, temos que cuidar do que não é palpável
Já que isso é o que nos identifica
E não o seu tipo de sacola
O corpo fica
Junto das câmeras mais high techs que possa comprar
Mas eu,
Eu vou levar meu disquete a gravar
Tudo que passei e hei de passar
por Santiago Muniz