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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desvendando “O Disconexo Fato-rei”

Caros e caras leitoras,

Esta é a primeira vez que posto no blog um texto que dialoga com vocês sem a estrutura poética, portanto me sinto obrigado a explicar o porquê de tal façanha. Os que me conhecem pessoalmente sabem que além de escrever também faço melodias e músicas, mas não gosto de postál-las, afinal prefiro divulgar escritas aonde se dá pra escrever e música aonde se é de tocar, mas recentemente compus uma música entitulada “O Disconexo Fato-rei”, que para uma interpretação mais fiel é necessária uma breve explanação, sem mais delongas, quem quiser ouvir a música me procure e abaixo segue o texto que desvenda esta música dita "complicada".



Desvendando “O Disconexo Fato-rei”

Esta música, é uma abordagem experimental de um fato que faz sentido para o eu-lírico, e não necessariamente para os outros. O eu-lírico, montado em desconstrução “elege” então como seu ‘fato-rei’, um fato que tenha muita importância para ele (o curioso é que este é um fato-rei , ou seja, monárquico, e o eu-lírico ainda assim “acha” que o elegeu - descrente de qualquer forma de vida superior a sua).

Em busca de qual é o fato-rei que a vida lhe proporcionaria, o eu-lírico busca o auto-conhecimento e para o mesmo, ele tem que fazer as suas descobertas e análises por si só, por isso não posso contar ao eu-lírico qual o desfecho da vida que lhe dei naquela folha de caderno (motivo esse também para a música ter abordagem não-linear).

Outra leitura também prevista seria quanto à manipulação social e insensibilização dos homens ocidentais frente a várias questões, pois a alienação promovida por um contrato social faz com que estes homens não atinjam o conhecimento necessário para que descubram seus fato-reis, excluindo de maneira inferiorizante e preconceituosa aqueles que são inverso, ou melhor dizendo, involuídos por esta perspectiva (o egoísmo é sutilmente abordado com pinceladas de Romantismo Pós-Moderno).

Dúvidas? Perguntas?

Será que o eu-lírico descobrira qual o seu fato-rei?

E você? Já descobriu qual é o teu?

por Santiago Muniz

domingo, 15 de agosto de 2010

As Revelações (III)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Lua de nossa fantasia

Lua que domina meu astral

Liberta-me um pouco de sua hegemonia

Permitindo meu caminhar com os pés no chão


Lua que tanto me inspiras

Iluminai o meu caminho devolta à casa


À casa qual me conforta

Mesmo em momentos como os tais

Posso lá me refugiar de sua luz

Que ilumina minha vida, mas também amedronta com primazia


Assusta, climatiza, aerifica, sintoniza


E aquele mesmo velho caminho que perseguia quando criança

(Que sabia toda a trajetória de olhos fechados)

Eras tu, em quem nunca havia reparado

De olhos abertos ou bem velados


Em belas e singelas mudanças

Assim como tuas fases (que tanto tento compreender)

Esperava já poder prever a clínica do luar que me abates

E que me deixa novamente com pneumonia


Mas,

Aqui estou, ainda que correndo riscos,

Desejando rever-te, pois sei que ainda habitas nosso céu

Mesmo que não possa ver, posso sentir

(Esta fase é nova pra mim)


Eis então que ponho-me à espera

Da lua que me guia

Da casa que me conforta

E da nossa fantasia

por Santiago Muniz