Caros e caras leitoras,
Esta é a primeira vez que posto no blog um texto que dialoga com vocês sem a estrutura poética, portanto me sinto obrigado a explicar o porquê de tal façanha. Os que me conhecem pessoalmente sabem que além de escrever também faço melodias e músicas, mas não gosto de postál-las, afinal prefiro divulgar escritas aonde se dá pra escrever e música aonde se é de tocar, mas recentemente compus uma música entitulada “O Disconexo Fato-rei”, que para uma interpretação mais fiel é necessária uma breve explanação, sem mais delongas, quem quiser ouvir a música me procure e abaixo segue o texto que desvenda esta música dita "complicada".
Desvendando “O Disconexo Fato-rei”
Esta música, é uma abordagem experimental de um fato que faz sentido para o eu-lírico, e não necessariamente para os outros. O eu-lírico, montado em desconstrução “elege” então como seu ‘fato-rei’, um fato que tenha muita importância para ele (o curioso é que este é um fato-rei , ou seja, monárquico, e o eu-lírico ainda assim “acha” que o elegeu - descrente de qualquer forma de vida superior a sua).
Em busca de qual é o fato-rei que a vida lhe proporcionaria, o eu-lírico busca o auto-conhecimento e para o mesmo, ele tem que fazer as suas descobertas e análises por si só, por isso não posso contar ao eu-lírico qual o desfecho da vida que lhe dei naquela folha de caderno (motivo esse também para a música ter abordagem não-linear).
Outra leitura também prevista seria quanto à manipulação social e insensibilização dos homens ocidentais frente a várias questões, pois a alienação promovida por um contrato social faz com que estes homens não atinjam o conhecimento necessário para que descubram seus fato-reis, excluindo de maneira inferiorizante e preconceituosa aqueles que são inverso, ou melhor dizendo, involuídos por esta perspectiva (o egoísmo é sutilmente abordado com pinceladas de Romantismo Pós-Moderno).
Dúvidas? Perguntas?
Será que o eu-lírico descobrira qual o seu fato-rei?
E você? Já descobriu qual é o teu?
por Santiago Muniz