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domingo, 20 de dezembro de 2009

"Eu penso que...

Enquanto andava pela rua, apreciando o delicioso gosto de ter o chinelo nos pés para fazer aquele barulho arrastado enquanto escorregava lentamente sobre o suor e a ligeira sujeira dos meus pés havaianos escutei uma voz determinada que disse:

"(...) Eu penso que a vida é como uma criança saindo escondida pelas grades do portão de casa para soltar pipa com seus amiguinhos. É como possar metaforizar esta cena enquanto pedalo a minha bicleta e vejo todas essas cenas do dia-a-dia que nos cerca:

Vejo um homem sair de casa, outro plantar umas mudas, e um casal fazendo amor... e então logo associo estas imagens a lembranças de minha vida, me dando o real prazer de poder revivê-las, mas como não sou crédulo suficiente me pego apriosionado pelo ego que me diz que aquilo só se tratou de um dévà vu.

Pedalo, pedalo, e pedalo, pessoas passam por mim e agora sim vejo o real sentido da vida:
Fui feito para ajudar o próximo, pois ajudando-os posso ajudar o coletivo, que na verdade sou eu, um unico ser gaiáco/supremo/único, que estou diante de minhas outras vidas antepassadas ou futuras (que na verdade são contemporâneas, só não temos como decifrar todas juntas); e para ser feliz nessa preciso assim ajudar a eles: homens, mulheres, crianças e todos... pois só o bem traz o bem, e quem promove o mal, contamina esse dark side of the moon, do qual muitos preferem não se mudar."

por Santiago Muniz

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Medo

O Medo
é contrário do amor,
e quem Ama
não sente Medo.

por Santiago Muniz

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bloco singular

Bloco,
Meu bloco
Anoto aqui com os meus botões
“tamborim, surdo e cuíca!”

Bloco,
Meu bloco

Boto, e escrevo
Mas quando você me olha no fundo dos olhos
O bloco me seduz
Pego a caneta e resolvo
Como seria
O estopim de ruídos
Sem musicalização

A música me mostra
Como seria

Um bloco de rua
Tentando enxergar,
Tendo paciência
Demonstro amar

Sou antiquado:
O moderno ato de amar
Não me faz compreender

Cheiro teu cheiro
Penso em te beijar
Sei que seria bom,
Mas prefiro me resguardar
Do amor moderno

Sou antiquado
Queria acreditar
No tempo que ainda temos

Digo estar mudado
Mas minhas palavras nada valem

Diga e
Conte-me o que quiser
Desvenliencio-me de tudo,
Lhe saúdo e reverencio

Tomo cuidado com suas carícias:
Sedução e resistência
Finjo não estar presente

Duvido de você
“Quanto tempo o tempo tem?”

Não posso resistir
Mas sigo assim
Pois meu coração está a
A amar uma Terceira Pessoa
Singular

Pessoa intensa
Que me faz sorrir

Posso tentar dizer
Mas nego meu amor e
Renego os fatos

Meu bloco é singular
Não o espero passar e
Não o sigo pulando

Meu bloco é singular
É um novo tempo
E duvido que possas
Se assemelhar
À estória
Da minha vida
À esse bloco
Que ainda vai se concentrar

por Santiago Muniz

sábado, 28 de novembro de 2009

Sobre todas as coisas que eu fiz decomponho o fim

Sem saber entonar e entoar as falas
Prefiro verdades a farsas
Mesmo pelas adversidades de um ideal
Pressuposto de ilusões e silenciosas ligações

“O silencio é um momento essencial”
Mas numa qualquer rotina matinal
Evidenciam-se os erros do casal

Fim! Sim! Enfim!

Existem tantas coisas escondidas sob ideais
Que jamais saberemos crucificar as causas
Que (sem dúvida) são inconsequências da falta de fala

“-Fala!”,
E diz a que plano pertences, e em qual esquina se esconde a vida
Mas esqueces que o fim não se dá numa esquina que leva noutra rua sem saída
E sim numa avenida, que nos permita escolher uma nova travessia

Que lhe admita refletir
Sobre todas as coisas que escrevi, disse e fiz
E assim posso dizer: “Não São Tão rígidas assim”
Pois ao se tratar de mim, espero que predigas o Fim

Por mim o fim não se trata do ‘não’
E sim da falta de conhecer novas ideias
Que promovam um conhecimento dual

Registro assim, minha formatação impessoal
Que transformo num poema que diz
Sibilar essa minha insatisfação conjugal

por Santiago Muniz

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Luz circular

O universo circular
É proveniente de uma fonte desconhecida
Que ao centro emana luz e energia

Em sua matéria física e espiritual,
Forma um globo
Que encanta com sua sinergia

Mas dessa fonte que tanto tenho vontade de beber
Jamais iria mergulhar, se minhas paralelas
Fossem equidistantes ao perguntar:

Quem é?
O que é?
Ou pra aonde vai...

por Santiago Muniz

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Partilha

A partilha é o que adjetiva a vida.

por Santiago Muniz

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Eu escrevo minha evolução

Logro na morada material de um humano
que não sabe ser um ser
ao qual a evolução condenou à onivoria

Meu hábitat é uma ironia,
não creio na predestinação
e sim renego valores
aos quais não preciso me submeter
nem muito menos seguir algo escrito
que seja um roteiro para o que deva fazer ou comer

por Santiago Muniz

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A calmaria de uma ressaca moral

Depois do dia em que o corpo gelatina
Improviso um conforto tomando uma aspirina
para tentar me lembrar do que fiz
enquanto a chuva me tormenta devolvendo todas as sensações

"E logo veio a calmaria"

A cada gesto e expressão corporal
Cada fala dita, não-dita ou dis-dita
Eu recordo

"Mas logo vem a calmaria"

- Pois que venha!
Afinal, a racionalização do campo das probabilidades
dentro da estabilidade de um encontro de desejos mútuos
é algo inerte a nós dois

por Santiago Muniz

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pule os muros

Os muros que bloqueiam as saídas
bloqueiam as entradas

A poeira que adentra a janela
Logra na estrada (que tanto quero caminhar)

O deserto da emoção
mora na individualidade
que cisma a areia em vidro
blindando um cotidiano gradeado

enquanto a chuva que cai lá fora
alimenta a vida que sente frio
necessitando ser dual para sentir o calor
capaz de te apresentar à energia de agitação das moléculas

por Santiago Muniz

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tais Quais ao Ás

Os quais se disseram em paz,
Eram tais quais aos que odeiam a paz
Que são otimistas demais,
Tais Quais ao Ás

Os tais e o Ás

- Mas tu, Ás do Vaz,
Hás de concordar,
Vais por um caminho vivaz!

por Santiago Muniz

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Início, meio e fim (Anotação 001)


Eu posso viver através da minha mente para sempre
Ela pode estar em outros lugares (e pessoas), pode conhecer pessoas que desconheço, e que um dia conhecerei.
Um dia, esse corpo vai partir, mas e ela?
Não sei, talvez possa viver nessa outra realidade, ou até mesmo nessa, quem sabe
A morte não é o fim, pode ser apenas outro começo, um outro lugar a explorar
Lembranças não serão mais necessárias, afinal, teremos de aprender a sermos humanos novamente.
Mas mesmo assim uma coisa sobreviverá: o amor.
O amor, perdurará nas almas gêmeas a se encontrar, e um dia quem sabe viverão juntas, para sempre, e felizes.
Eu já vi outra realidade, feia. Espero que quando meu dia chegar, tudo seja diferente

Acredito que quando fazemos o bem, o bem retorna
Mesmo que demore, essa outra realidade, cheia de amor, é reflexo da sua conduta
Castelos negros ou borboletas, nós podemos decidir nosso futuro
A vida é feita de escolhas, e a morte também.

por Santiago Muniz

sábado, 19 de setembro de 2009

A Tintura

Depois de escorrer,
Um vulto saiu como um espectro
Pelos corredores escuros da Capital

- Ele fora visto

Deixou seu punhal cair
E quando se deu por si
Sentiu um sorriso inabalável, e um gosto
Tal qual nunca sentira

Só lhe restou O Grito,
Que escoava a madrugada
Junto às badaladas assombradas da Catedral

- Ele fora mal-entendido

Só lhe restou correr
E deixar pra trás a tinta vermelha escorrida
Que esculpia sua obra-prima

por Santiago Muniz

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Substância Real

É ter que me consome
É ver que me alimenta
É a gravidade que me desloca
E é o éter que me preenche nesse vazio constante

Pobre de mim
Pobre dessa ilusão, que parecia tão real

É tão fácil acreditar nessa Substância Real
Quando a ciência dessa fé
Só se trata de Teoria & Imaginação

por Santiago Muniz

sábado, 5 de setembro de 2009

Ferormônio

Sinto tantas coisas ao mesmo tempo
Sou antiquada
e muito ideológica

Meu segundo é mais rápido do que o normal:
Tento acompanhar, mas não consigo mais
Vivi muito tempo inquieta e hibernando
E o mundo só girando

Nessa inércia faço um deslocamento,
Seguimos juntos
Mas ninguém sabe sobre nós

Mas antes que possam saber sobre meu poder em você
Exponho meus grãos de pólen e deixo tudo acontecer

por Santiago Muniz

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Gráviton

Saio desse plano
Entorto colheres, movo copos,
Leio olhares e pensamentos

Por uma cortina de fumaça invisível
Eu me transmuto:
É o fluido de partículas gravitacionais que movem este fluxo

E mostram meu ascendente em leão
E julgam a física de uma espiritualidade divina
Como uma possibilidade bioquímica

por Santiago Muniz

domingo, 30 de agosto de 2009

E Tenho Dito!

E ditos malditos foram os benditos por não dizer o perdizer do dizer.

por Santiago Muniz

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A razão

Nada posso fazer

Atenuo a atenção
Atuo em um ato qualquer

Conto o tempo
Tento descobrir uma razão

Pulo de galho em galho,
Estudo e descubro o mundo
Mas não vejo razão
Em sua obsessão

por Santiago Muniz

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mãe Terra

Tudo é um todo
E um todo faz o tudo

por Santiago Muniz

Ilusão (Realidade)

eu não acredito mais em nada.

por Santiago Muniz

domingo, 9 de agosto de 2009

Casual?

Era tarde o verão
Quando ela passou pelo ponto
E da espera pelo ônibus
Logo esqueci
Ao perceber que
Ela olhou pra mim

Nesses momentos
Pode-se prever o fim
E na casualidade desse encontro
Deixo um pouco de mim
Pois a química
Rolou logo que a vi

Nesses momentos
Sorrio e
Transpiro um olhar
Que ela possa notar
Pois dessa história
Eu já sei o fim

Pressinto a casualidade,
Mas não assim
É que prefiro
Que essa casual cama
Não seja o ponto
Que dê o fim

por Santiago Muniz

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Uma Nova Atmosfera

Em nossas próprias vidas
Seguem os infortúnios
Que acidentalmente nos permitem o condoer

Numa iconoclastia programada
Cujos dias são presumidos

Mas o que nos condói
Corrói a concepção de um forjador
Que em sua fornalha falsifica

Numa sopa de legumes e caldos nutritivos
Uma nova atmosfera

por Santiago Muniz

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Introdução ao estudo de assuntos psicopessoais

“Quanto tempo faz
Que a gente desejava chegar aonde cheguei?”
- Faz tanto tempo que acho que nem te lembravas mais

E não te lembrava porque minhas ideias mudaram
E mudaram muito, mas isso, foi num processo lento

Tão lento que quando vi
Estava aqui, mas
Será que desejei estar aqui?

(Meus passos agora seguem o mesmo rumo
A mesma trilha, e o mesmo túmulo)

Ou será que meu guia para esses assuntos
Tem o fim correto ou devo mudar por completo?

por Santiago Muniz

terça-feira, 28 de julho de 2009

Milonga

(...)

Mas diz porque tu vais embora
Mas diz porque tens tanto medo
Se não acorda cedo
Nem trabalha, estuda ou namora

Mas diz porque chegou a hora
Agora que eu venci meu medo
Te peguei pelos dedos
Pra dançar enquanto o sol demora

Para chegar trazendo aurora
E a luz que cega e me dá medo
E como um torpedo
Eu deslizo e vôo num mar de lençois

E cada dobra conta histórias
De muitas delas sinto medo
São muitos enredos
Enrolados e embriagados como nós
Tão a sós, como nós

"Quando você não esperava e doer
Que eu sei como vai doer
E vai passar como passou por mim
E fazei com que se sinta assim

Como eu sinto
Como eu vivo
Como eu vejo
Como eu não canso de cantar

Eu sei que vai me ouvir
Eu sei que vai lembrar
E vai pedir pra esquecer
E vai rezar pra esquecer
Mas eu, mas eu não vou deixar
eu não vou deixar"

(...)

*Letra e música por Rodrigo Tavares e Lucas Silveira*

domingo, 26 de julho de 2009

As badaladas de uma noite esperando Platão

Tempo ao tempo,
Ouço as batidas do relógio

E Castiçal!
- Requinte que me esquenta
E amamenta

(Psicologias de um teórico
Desacreditado/Desconhecido!)

- Fogo que se aproxima, diz
Que na tua beleza
Hei de dormir
E assim queimar

por Santiago Muniz

sábado, 25 de julho de 2009

Éden Perdido

Eis que um pombo branco passa por meu caminho
Tento imaginar que não o vi, mas ele,
É um símbolo que as coisas estão por mudar

“Enquanto ele passa,
Pode acontecer tanta coisa”
(e até mesmo desejo isso),
Mas ao vê-lo passar, me sinto anos à frente

- Numa nova atmosfera respiro outros desejos,
Apesar de todas as repetições
Respeito as decisões
E esgueiro-me pelo caminhar atrasado na busca de um Éden Perdido
Outrora venerado
E banalizado

Desejo um lugar que talvez não tenha nem existido
Mas o símbolo que as coisas estão por mudar
Sussurra no eclipse solar
A mística de nosso relacionamento

por Santiago Muniz

terça-feira, 21 de julho de 2009

Potencial de Ação

O tempo voa e
Urge a vontade de saber
Qual a fúria que rege essas intempéries
intemperismos e meandros abandonados

No xerox de microcometas de gelo
Faço uma silepse de gênero
Buscando o melhor conforto
"gírias, metáforas e
Palavras de gelo"

Gelo que congela o despertador
e me faz esquecer
de meus compromissos
São outros tempos

Tempo para repensar;
Repensar as lingüísticas
e retirar de dentro
a vontade de saber

por Santiago Muniz

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mag von Tag




Dias, rua, Lua
Passo o tempo refletindo
Qual esquina muda
o sotaque ou a nacionalidade

Sou filho do mundo:
Um protótipo imperfeito

Dias, rua, Lua
Tento acreditar na façanhas
Mas o provável deixa a desejar
por um dia que possa mudar
O filho do mundo

por Santiago Muniz

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A vida não tem direção!



Hereditário é o caráter
Que ruma assim sem propósito
Navegando sem direção
Embarcado na suposição




Tenta evoluir
Atravessa todas as barreiras
Prossegue sempre em frente
Mas a névoa que o cega
Não lhe permite ver razão
Na emoção da descoberta
E na perversão de trilhar uma meta
Reta de ampla visão
Que o possa tirar da solidão

por Santiago Muniz

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tempo, pra que te quero?


Tento - pra quê te quero?

Quero ouvir a voz
Burlar as regras e sua vigilância,
Me conhecer pra entender o mundo,
Calçar meus chinelos:
Vontades

Ah, se o mundo fosse feito de vontades,
Não faltaria amor

Tento Tento Tento
Mas acho que pra me conhecer
Não terei tempo

Tempo Tempo Tempo

A cada vida me relembro

por Santiago Muniz

domingo, 5 de julho de 2009

O barulho das badaladas aumenta nessa catártica espera


Insudercente mania de você
Escuto teus passos
Mas sei que não vem

Não vens até mim
Eu, que guardo de ti
A história que não esquecerás

Faço tudo pra que seja assim
Enquanto sonho acordado
Sonho com pés no chão
Pois sei, que os passos que escuto
São os teus

por Santiago Muniz

sábado, 4 de julho de 2009

Luar


Luar, és uma
Apaixonante maravilha refletida num
Vislumbrante mar

Teu olhar tocante,
sincero diz amar
uma terceira pessoa do singular

Tão misterioso é teu caminhar
que some ao longe
entre placas, pessoas e tanto mar

Maravilha aberrante
que faz me apaixonar

Luar/Mar
Que reflete nossos rostos
A se beijar

por Santiago Muniz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pseudônimo-estar


Como posso falar com você
Sobre mim, sobre nós
Sobre você?

"Tudo que assola,
Clareia os pensamentos",
Os indivíduos, os discernimentos
É tão vão
Como Romeu:
Um ideal, um cálice, uma seringa

E ontem a conheci: Carolina;
Não é a primeira vez,
Conheço alguém sem querer
E sem querer, me aproximo assim
Sem perceber
E quando vejo, não sei porquê

Não sei porquê esteve aqui
Tentando me ter
Se a cada olhar meu mergulho em mim

Como posso resistir?
Como posso planejar?
Como posso pedir?
Como posso não te amar?

por Santiago Muniz

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rola-Bosta

Embolo

Os meus traços não são meus

Tento escrever meu caminho
- Sou empurrado pela vontade
(desejo que me consome) -

Rolo

Meu fim já sabes
(pra baixo da terra irei)

Mas o que me consome
Há de florir

por Santiago Muniz

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Filtro do Inverso

Resgato meu saber
e acidentalmente regresso
na busca por mim

Jamais quis o certo

Regasto meu viver
pra esquecer do tempo
e deixo transbordar a saliva que gasto com você

Pois é no Filtro do Inverso
que vivo o reverso atrás de mim e de você

por Santiago Muniz