Bloco,
Meu bloco
Anoto aqui com os meus botões
“tamborim, surdo e cuíca!”
Bloco,
Meu bloco
Boto, e escrevo
Mas quando você me olha no fundo dos olhos
O bloco me seduz
Pego a caneta e resolvo
Como seria
O estopim de ruídos
Sem musicalização
A música me mostra
Como seria
Um bloco de rua
Tentando enxergar,
Tendo paciência
Demonstro amar
Sou antiquado:
O moderno ato de amar
Não me faz compreender
Cheiro teu cheiro
Penso em te beijar
Sei que seria bom,
Mas prefiro me resguardar
Do amor moderno
Sou antiquado
Queria acreditar
No tempo que ainda temos
Digo estar mudado
Mas minhas palavras nada valem
Diga e
Conte-me o que quiser
Desvenliencio-me de tudo,
Lhe saúdo e reverencio
Tomo cuidado com suas carícias:
Sedução e resistência
Finjo não estar presente
Duvido de você
“Quanto tempo o tempo tem?”
Não posso resistir
Mas sigo assim
Pois meu coração está a
A amar uma Terceira Pessoa
Singular
Pessoa intensa
Que me faz sorrir
Posso tentar dizer
Mas nego meu amor e
Renego os fatos
Meu bloco é singular
Não o espero passar e
Não o sigo pulando
Meu bloco é singular
É um novo tempo
E duvido que possas
Se assemelhar
À estória
Da minha vida
À esse bloco
Que ainda vai se concentrar
por Santiago Muniz
Se te perguntarem
Há 5 anos
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