Pages

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eu sou Alexandre

Minha mente nasceu com o dom
Por isso sento e observo
Observo a raça humana
No meio da cidade, mesmo quando vejo
O chão ruir e o céu desmoronar

Eu vejo
O que lente nenhuma jamais verá
Eu posso conhecer tua intenção pelo teu caminhar
Não vale inventar
Pois vejo o que lente nenhuma jamais verá

Em minhas obras você descobrirá como é
Ter um arquivo e não ter como ler
Pois sou antiquado
E eu, gravo minhas anotações num disquete
Dentro de minha mente
Posso garantir
Mas não posso contar quem sou

Sou mestre na disciplina ser humano
Pois observo
E quando tenho um pão você terá também
Quando tenho um colchonete, você dormirá bem

Sou diferente,
Mas não sou louco
Já fiz psicólogos chorarem
Apenas observo e aprendo com o homem
Pois minha vivência,
Isso ninguém leva!
E não me diga como me portar
Pois isso estará sendo gravado no disquete dentro de minha mente
Espero que você ainda possa ler
Esse arquivo criptografado
E quando chorar lembre que você também tem a mente assim

Você me surpreende
Você descobre as coisas tão rápido
Libere tua mente
E mostre o que pensa
Eu sei que é difícil
Mas partilhe comigo seus pensamentos
Assim como divido minha vivência e o meu pão

Você também tem o dom
Mas se quiser me encontrar
Conversar
Pode ser difícil
Pois escolhi viver em outra realidade
Observando
Me julgam por isso
Mas nada posso fazer
Só posso é temer pelo futuro deles
Pois aqui, temos que cuidar do que não é palpável
Já que isso é o que nos identifica
E não o seu tipo de sacola

O corpo fica
Junto das câmeras mais high techs que possa comprar
Mas eu,
Eu vou levar meu disquete a gravar
Tudo que passei e hei de passar

por Santiago Muniz

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Discordância

Em pleno ventre carnavalesco
se fez a mudança
de algo tão esperado/desejado
pela sutileza da alegria a três

Foi tão melhor deixar seguir
que o bloco passou
e num pulo a concentração se refez

E na mais discordância freudiana
a libido se desfez

Para surpreender todo seu português
que afoito/acoito não soube dizer
que tudo que aconteceu tem um porquê

E por final
se assim posso dizer
não esperava lábios mais concomitantes que os teus

por Santiago Muniz