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terça-feira, 28 de julho de 2009

Milonga

(...)

Mas diz porque tu vais embora
Mas diz porque tens tanto medo
Se não acorda cedo
Nem trabalha, estuda ou namora

Mas diz porque chegou a hora
Agora que eu venci meu medo
Te peguei pelos dedos
Pra dançar enquanto o sol demora

Para chegar trazendo aurora
E a luz que cega e me dá medo
E como um torpedo
Eu deslizo e vôo num mar de lençois

E cada dobra conta histórias
De muitas delas sinto medo
São muitos enredos
Enrolados e embriagados como nós
Tão a sós, como nós

"Quando você não esperava e doer
Que eu sei como vai doer
E vai passar como passou por mim
E fazei com que se sinta assim

Como eu sinto
Como eu vivo
Como eu vejo
Como eu não canso de cantar

Eu sei que vai me ouvir
Eu sei que vai lembrar
E vai pedir pra esquecer
E vai rezar pra esquecer
Mas eu, mas eu não vou deixar
eu não vou deixar"

(...)

*Letra e música por Rodrigo Tavares e Lucas Silveira*

domingo, 26 de julho de 2009

As badaladas de uma noite esperando Platão

Tempo ao tempo,
Ouço as batidas do relógio

E Castiçal!
- Requinte que me esquenta
E amamenta

(Psicologias de um teórico
Desacreditado/Desconhecido!)

- Fogo que se aproxima, diz
Que na tua beleza
Hei de dormir
E assim queimar

por Santiago Muniz

sábado, 25 de julho de 2009

Éden Perdido

Eis que um pombo branco passa por meu caminho
Tento imaginar que não o vi, mas ele,
É um símbolo que as coisas estão por mudar

“Enquanto ele passa,
Pode acontecer tanta coisa”
(e até mesmo desejo isso),
Mas ao vê-lo passar, me sinto anos à frente

- Numa nova atmosfera respiro outros desejos,
Apesar de todas as repetições
Respeito as decisões
E esgueiro-me pelo caminhar atrasado na busca de um Éden Perdido
Outrora venerado
E banalizado

Desejo um lugar que talvez não tenha nem existido
Mas o símbolo que as coisas estão por mudar
Sussurra no eclipse solar
A mística de nosso relacionamento

por Santiago Muniz

terça-feira, 21 de julho de 2009

Potencial de Ação

O tempo voa e
Urge a vontade de saber
Qual a fúria que rege essas intempéries
intemperismos e meandros abandonados

No xerox de microcometas de gelo
Faço uma silepse de gênero
Buscando o melhor conforto
"gírias, metáforas e
Palavras de gelo"

Gelo que congela o despertador
e me faz esquecer
de meus compromissos
São outros tempos

Tempo para repensar;
Repensar as lingüísticas
e retirar de dentro
a vontade de saber

por Santiago Muniz

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mag von Tag




Dias, rua, Lua
Passo o tempo refletindo
Qual esquina muda
o sotaque ou a nacionalidade

Sou filho do mundo:
Um protótipo imperfeito

Dias, rua, Lua
Tento acreditar na façanhas
Mas o provável deixa a desejar
por um dia que possa mudar
O filho do mundo

por Santiago Muniz

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A vida não tem direção!



Hereditário é o caráter
Que ruma assim sem propósito
Navegando sem direção
Embarcado na suposição




Tenta evoluir
Atravessa todas as barreiras
Prossegue sempre em frente
Mas a névoa que o cega
Não lhe permite ver razão
Na emoção da descoberta
E na perversão de trilhar uma meta
Reta de ampla visão
Que o possa tirar da solidão

por Santiago Muniz

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tempo, pra que te quero?


Tento - pra quê te quero?

Quero ouvir a voz
Burlar as regras e sua vigilância,
Me conhecer pra entender o mundo,
Calçar meus chinelos:
Vontades

Ah, se o mundo fosse feito de vontades,
Não faltaria amor

Tento Tento Tento
Mas acho que pra me conhecer
Não terei tempo

Tempo Tempo Tempo

A cada vida me relembro

por Santiago Muniz

domingo, 5 de julho de 2009

O barulho das badaladas aumenta nessa catártica espera


Insudercente mania de você
Escuto teus passos
Mas sei que não vem

Não vens até mim
Eu, que guardo de ti
A história que não esquecerás

Faço tudo pra que seja assim
Enquanto sonho acordado
Sonho com pés no chão
Pois sei, que os passos que escuto
São os teus

por Santiago Muniz

sábado, 4 de julho de 2009

Luar


Luar, és uma
Apaixonante maravilha refletida num
Vislumbrante mar

Teu olhar tocante,
sincero diz amar
uma terceira pessoa do singular

Tão misterioso é teu caminhar
que some ao longe
entre placas, pessoas e tanto mar

Maravilha aberrante
que faz me apaixonar

Luar/Mar
Que reflete nossos rostos
A se beijar

por Santiago Muniz

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pseudônimo-estar


Como posso falar com você
Sobre mim, sobre nós
Sobre você?

"Tudo que assola,
Clareia os pensamentos",
Os indivíduos, os discernimentos
É tão vão
Como Romeu:
Um ideal, um cálice, uma seringa

E ontem a conheci: Carolina;
Não é a primeira vez,
Conheço alguém sem querer
E sem querer, me aproximo assim
Sem perceber
E quando vejo, não sei porquê

Não sei porquê esteve aqui
Tentando me ter
Se a cada olhar meu mergulho em mim

Como posso resistir?
Como posso planejar?
Como posso pedir?
Como posso não te amar?

por Santiago Muniz

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rola-Bosta

Embolo

Os meus traços não são meus

Tento escrever meu caminho
- Sou empurrado pela vontade
(desejo que me consome) -

Rolo

Meu fim já sabes
(pra baixo da terra irei)

Mas o que me consome
Há de florir

por Santiago Muniz