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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

No auto da desenfreada madrugada

No auto da desenfreada madrugada
Escuto um grunhido
que ecoa nos escanteios das paredes
Olho para cima, mas o teto é o mesmo

Branco.

A palidez é o que sucede
Tenho a lembrança
E novamente escuto o barulho estranho
Com tonalidade familiar

Preto.

É ele! É o Corvo!
É o corvo quem me faz companhia
Este barulho é na verdade
Meu inconsciente

Fecho os olhos
E as mandalas aparecem

Viajo dentro de meus sonhos
só para me encontrar com ele
Aquele que tenho medo de achar
Mas tenho certeza que Edgar me fará companhia

por Santiago Muniz



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