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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Recordar é viver

Certo dia me recordei de um tombo de bicicleta
Eu, imprudente alucinado, metido a recordista
Por pouco não entrei embaixo de um carro
Eis que fui recordando de outros tombos
Como quando já confiante tirei minhas rodinhas
e declarei-me capaz
- Esse foi o meu primeiro tombo de bicicleta
Lembrei do lugar do tombo e de coisas da época
E aí recordei do sabor de quero-mais que teve o primeiro beijo
Mas foi apenas verão. Sofri.
Em outras ocasiões - ultrarromântico - quis esfaquear a dor
"- Mas não com a faca de cozinha!"
- Medroso! Sim, graças ao fitoplâncton
O telefone tocou.
Saí, beijei, trepei.
Um, dois, três, quatro, cinco... mil
Errei
vivi vida bela, trágica e cômica
E hilariantemente  marquei o tom de uma risada diferente
no cérebro e algumas pessoas
Mas teve uma vez que cada beijo causava
uma revoada de pétalas de cerejeira
Mas não a-prendi
E como no início, o princípio do fim
se deu quando disse sim.
por Tiago Muniz

2 comentários:

Bia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bia disse...

Voa
tempo
de tombo
bicicleta
traz liberdade
vento
espalha pe da ços
leva cheeeiiiro
lembrando
sentindo
degustando passado pra digerir o presente que



cai


como qualquer corpo


que decide, precisa












vo ar